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Resenha | Foul is fair, de Hannah Capin

Por Bárbara Sobral •
sexta-feira, 12 de junho de 2020

Hey, Mates. Tudo bem com vocês? Bora falar sobre um livro que me surpreendeu de tantas maneiras que até me deu um novo significado para a palavra!



TÍTULO: Foul is Fair
SÉRIE: Foul is fair #1
AUTOR: Hannah Capin
EDITORA: Penguin
PÁGINAS: 336
ANO: 2020


SINOPSE:

Elle e suas amigas Mads, Jenny e Summer governam com glamour o seu círculo em Los Angeles. Intocáveis, elas têm o tipo de poder que outras garotas só sonham em possuir. Toda festa é delas e o mundo está a seus pés. Até a noite dos dezesseis anos de Elle, quando elas vão de penetras a uma festa no Colégio Preparatório St. Andrew. Na noite em que os garotos de ouro escolhem Elle como seu próximo alvo.

Eles escolheram a garota errada.

Jurando vingança, Elle se transfere para St. Andrew's. Ela planeja destruir cada garoto que a feriu naquela noite, um por um. Ela assumirá o poder, a vida e o controle da hierarquia da escola preparatória. E ela e seu clã têm o caminho perfeito: um garoto chamado Mack, cuja ambição pode se tornar mortal.

Foul is Fair é uma fantasia sobre uma vingança sangrenta e emocionante para as meninas que já se cansaram de ser só um objeto. Garotos de ouro, cuidado: algo perverso vem por aí.

 Não é um livro para todo mundo. 

Digo isso pois, para alguns que pegarem o livro sem se aprofundarem na base da sua trama, podem acabar vendo essa história como de mau gosto e até problemático. 

É essencial lê-lo lembrando que sua narrativa foi construída como uma releitura de "Macbeth" de William Shakespeare. Com isso em mente acredito que a história flua sem obstáculos e pre-julgamentos.

O livro tem um aviso alertando os leitores sobre os temas sensíveis que encontrarão ao longo da leitura 
— violência e estupro.  Para mim, ele é o separador de água. Acredito que avisos são cada vez mais necessários, é um cuidado que você tem com o público para que o leitor tenha uma ideia do que lhe espera no livro desde violência, insinuação sexual até a temas mais delicados como estupro e bullying. À partir disso ele saberá se essa leitura é para ele ou não. É um respeito que você dá ao seu trabalho e também com o emocional do leitor.

Essas cenas são escritas pela autora com um toque agridoce, há poesia e aspereza nas palavras. Eu levei um tempo para processar as cenas acontecendo gradualmente em minha imaginação.

Esse é outro ponto: é um livro extremamente visual. Eu conseguia ver as cenas acontecendo em um colégio tipo Las Encinas, da série espanhola Elite e os flashbacks de Elle/Jade são importantes para a trama, e ao mesmo tempo, ansiado pelos leitores, eles são como peças de um quebra cabeça que te ajudam a completar a trama. É um livro absurdamente sensorial que eu podia sentir a trilha sonora enquanto lia 
— uma mistura violinos rasgados e aquelas batidas pontuais com ecos que nós escutamos na trilha sonora de Kill Bill.



O que é interessante e uma mega coincidência é que eu escutei muito Taylor Swift (GIF) enquanto lia o livro. Em especial Bad Blood. Eu postei uma foto com a capa do livro e uma revista com a Taylor na capa no meu instagram e a autora Hannah Capin entrou em contato comigo, comentando que ela ouviu MUITO Look What You Made Me Do enquanto escrevia a história e eu simplesmente não consigo deixar de imaginar a Jade fazendo seus planos com as meninas ao som dessa música. É perfeita para a história e se um dia rolar uma série PELO AMOR DE TAYLORZITA coloquem essa música.

A escrita de Hannah é tão poderosa, inebriante, arrepiante, sedutora e assustadora que às vezes me pegava pensando como nós, escritores, podemos conseguir e passar tanto escrevendo.

De longe, essa foi uma das minhas leituras mais poderosas, teatrais, didáticas e esmagadoras que tive o prazer de ler. Eu nem sei o que posso esperar na continuação desse romance. Sei que Hannah ganhou uma seguidora em mim.

É um livro que o deixa sem chão, imaginando o que você faria no lugar de Elle/Jade e um belo de um tributo a Macbeth.


Um beijão da Bárbara Herdy.

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