Chegou o final do ano! Cheirinho de panetone na casa. Rabanada no forno. Árvore de Natal montada. E... AS MELHORES LEITURAS DE 2020, na minha humilde opinião, é clarinho.
ULTRA foi uma das minhas primeiras leituras em 2020 e ela está ainda fresquinha na minha cabeça. A HQ de dois volumes escrita pelos irmãos Luna conta a história de 3 super heroínas, além de salvarem os civis, serem amigas e fugirem dos flashes dos paparazzis, elas trabalham para uma agencia de heróis e lidam com o machismo, homofobia e trazem à tona as dúvidas de uma jovem mulher.
Quando terminei fiquei com gostinho de mais. Esses dois volumes são circulares (tem inicio, meio e fim). As personagens são complexas e desenvolvidas bem dentro de suas narrativas. É uma história bem bolada, inova colocando os heróis na posição de celebridades e criando as agências, como uma espécie de representantes para eles. ADOREI que a HQ vem com "divisórias" entre os capítulos, que são matérias e propagandas comerciais dos super heróis, bem divertido.
Há uma entrevista em uma das edições que fala sobre uma adaptação dessa história para uma série, mas acredito que a ideia tenha sido engavetada.
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VIRGIN RIVER é o típico livro do gênero romance: você tem uma cidade pequena, humilde e distante da cidade grande. Uma protagonista decidida, que por conta de uma situação traumática largou tudo em busca de um recomeço. Ah, e é claro: nós temos um par romântico a altura da protagonista, apaixonado, cavalheiro com uma história traumática também para acabar com a gente.
Mel e Jack são APAIXONANTES. É delicioso ler as interações entre eles. O casal têm algumas amarras para resolver antes de se encontraram, e não se torna exaustivo essa espera pela parte do leitor. Pelo contrário, eu senti que tudo aconteceu naturalmente. Eu só queria que os personagens secundários tivessem tido um pouquinho mais espaço na trama, em especial o Preacher.
Mel e Jack são APAIXONANTES. É delicioso ler as interações entre eles. O casal têm algumas amarras para resolver antes de se encontraram, e não se torna exaustivo essa espera pela parte do leitor. Pelo contrário, eu senti que tudo aconteceu naturalmente. Eu só queria que os personagens secundários tivessem tido um pouquinho mais espaço na trama, em especial o Preacher.
Virgin River foi adaptada para uma série pelo Netflix. Os fãs elogiaram muito a série, mesmo que ela tenha algumas coisinhas diferentes do livro. Em dezembro a segunda temporada chega ao streaming.
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A Folia de Natan & Lino narra as desventuras do casal na festividade mais amada do Brasil: o carnaval. A Primeira Vez de Natan & Lino é super autoexplicativo, né, gente? Para mim, esse é o melhor conto, até então, além de dar uma lição importante aos leitores, assistimos os nossos meninos explorarem os seus sentimentos para outro nível. O Confronto de Natan & Lindo a gente aprende que uma conversa faz uma mega diferença na vida.
O trabalho de Henri só cresceu a cada novo conto, e como disse a ele, consigo ver essa história criando novos rumos no futuro. Esses personagens têm vozes e histórias importantes para seus leitores. Será uma despedida difícil para mim.
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Fênix foi uma surpresa para mim. A história tem muitas camadas, os personagens são complexos e as reviravoltas não são esperadas, surpreendendo ao longo da leitura. Elton tem uma escrita sucinta, direta e marcada. Ele consegue delimitar bem a voz do narrador de cada um dos 4 protagonistas, que a gente consegue perceber em nuances que é a voz do personagem. Não é uma história que dá voltas. Tudo narrado é o essencial para o leitor viajar na história. Outro MUST de Fênix é que ela traz mitologias do mundo, novamente, muito bem explorado pelo autor.
Essa foi uma história de sensações. Levei um tempo para digerir muitos momentos da história, que foram ácidos e doloridos. É uma fantasia que aborda temas importantes para atualidade, centrada em personagens complexos com suas histórias, além de uma trama central frenética e incrível.
Essa foi uma história de sensações. Levei um tempo para digerir muitos momentos da história, que foram ácidos e doloridos. É uma fantasia que aborda temas importantes para atualidade, centrada em personagens complexos com suas histórias, além de uma trama central frenética e incrível.
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Flores Amarelas foi outra leitura que me tirou um pouquinho do lugar. É uma história leve, colorida e esperançosa. Mais em alguns momentos da trama, eu me coloquei no lugar de Vitor. A Festa de Halloween do Anti Herói é uma surpresa. Rodolpho pega o "vilão" de Flores Amarelas, Pedro e dá a ele a chance de se explicar para os leitores.
Uma faceta que considerei incrível. Eu costumo ler muitos livros com protagonistas LGBTQI+ e é muito difícil você encontrar um personagem LGBTQI+ ruim, mal, de caráter duvidoso. Eu até entendo que é por uma questão de representação, de tirar estigmas, mas também acredito que há maneiras de você trabalhar isso com personagens LGBTQI+ sem tratá-los como bibelôs, intocáveis. Eles também erram, sabe? E Pedro erra. Para caramba. E Festa de Halloween mostra que ele não só errou, se arrepende, como nos aponta para uma realidade constante: ele não voltaria atrás em suas escolhas. Suas ações em Flores Amarelas ganham um sentido completo, como a junção entre essas duas histórias.
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Nossa, essa foi uma leitura super divertida. A escrita da Tamires tem algo de irônico, brincalhão. É como ler algo que o deus Loki escreveria, sabe? É um conto bem curtinho, que entrega o que promete: muitas risadas e uma diversão para um fim de dia estressante.
Eu estou muito curiosa para os trabalhos futuros da Tamires.
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Um soco teria doído menos.
Esse é aquele tipo de livro que você lê e não sabe o que esperar. Gosto de chamá-los de livros extremamente e absurdamente humanos. A Paula tem uma escrita que as pessoas chamam de visceral. Eu chamo de cru, seco, duro, áspero, apático com gosto de geleia de mocotó sem açúcar. A realidade da história é fantasiosa, que se adequa ao nosso mundo perfeitamente. Se a gente entrega os nossos dias a uma mídia social, não acreditaríamos que nossas mortes estão sedimentadas nas mãos de seres de outros planetas? Não deixa de ser predestinado. Quando a história termina você não sabe bem o que tirou dela, mas sabe que ela levou muita coisa de você.
Esse é aquele tipo de livro que você lê e não sabe o que esperar. Gosto de chamá-los de livros extremamente e absurdamente humanos. A Paula tem uma escrita que as pessoas chamam de visceral. Eu chamo de cru, seco, duro, áspero, apático com gosto de geleia de mocotó sem açúcar. A realidade da história é fantasiosa, que se adequa ao nosso mundo perfeitamente. Se a gente entrega os nossos dias a uma mídia social, não acreditaríamos que nossas mortes estão sedimentadas nas mãos de seres de outros planetas? Não deixa de ser predestinado. Quando a história termina você não sabe bem o que tirou dela, mas sabe que ela levou muita coisa de você.
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E aí, quais foram as suas leituras favoritas desse ano?
Hidratem-se. Comam frutas e legumes. Continuem arrasando.
Um beijão da Bárbara Herdy.
