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Resenha | O Visconde que me amava, de Julia Quinn

Por Bárbara Sobral •
quarta-feira, 10 de junho de 2020


Hey, Mates! Tudo bem com você por aí?
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TÍTULO: 
O visconde que me amava
SÉRIE: Os Bridgertons #2
AUTOR: Julia Quinn
EDITORA: Arqueiro
PÁGINAS: 304
ANO: 2013
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SINOPSE:

A temporada de bailes e festas de 1814 acaba de começar em Londres. Como de costume, as mães ambiciosas já estão ávidas por encontrar um marido adequado para suas filhas. Ao que tudo indica, o solteiro mais cobiçado do ano será Anthony Bridgerton, um visconde charmoso, elegante e muito rico que, contrariando as probabilidades, resolve dar um basta na rotina de libertino e arranjar uma noiva.

Logo ele decide que Edwina Sheffield, a debutante mais linda da estação, é a candidata ideal. Mas, para levá-la ao altar, primeiro terá que convencer Kate, a irmã mais velha da jovem, de que merece se casar com ela.

Não será uma tarefa fácil, porque Kate não acredita que ex-libertinos possam se transformar em bons maridos e não deixará Edwina cair nas garras dele.

Enquanto faz de tudo para afastá-lo da irmã, Kate descobre que o visconde devasso é também um homem honesto e gentil. Ao mesmo tempo, Anthony começa a sonhar com ela, apesar de achá-la a criatura mais intrometida e irritante que já pisou nos salões de Londres. Aos poucos, os dois percebem que essa centelha de desejo pode ser mais do que uma simples atração.

Considerada a Jane Austen contemporânea, Julia Quinn mantém, neste segundo livro da série Os Bridgertons, o senso de humor e a capacidade de despertar emoções que lhe permitem construir personagens carismáticos e histórias inesquecíveis.
               

                                                         

Eu tinha uma expectativa com essa leitura: ela PRECISAVA ser MUITO melhor que "O Duque e eu" seu antecessor — se você não leu a minha resenha desse caos de livro deixo aqui para a sua consideração: http://www.msbarbaraherdy.com.br/2019/02/ms-book-worm-28-o-duque-e-eu.html

A opinião do público quanto ao primeiro livro dessa série é 8/80: ou a galera ama ignorando o absurdo que a protagonista faz no final do livro ou a galera detesta por conta do absurdo que a protagonista faz no final do livro. Eu fico com a galera do segundão. Tanto que já tive a oportunidade de indicar a leitura dessa série e pedi encarecidamente que a pessoa começasse pelo segundo livro pelo bem da sua saúde mental.
Você não vai perder NADINHA. Te garanto, tá?

As diferenças entre Anthony e Kate com o casal do primeiro livro são gritantes — graças a Deus. Quer dizer, foi divertido acompanhar a jornada de Daphne, até ela tentar AQUELA ESTUPIDEZ — nunca vou te perdoar Julia. Simon era legalzinho, cavalheiro e sedutor, seguindo o famoso padrão de mocinhos de romances históricos, ou seja, o mais do mesmo.

Dá para elogiar a destreza da escritora ao construir personagens distintos nesse segundo livro. Julia demonstra ser uma autora promissora no gênero, quando consegue, dentro da série, construir personagens que, em algum momento encontrarão o amor, e mesmo assim, se destacam com suas diferenças, sonhos, receios e complexidades que o diferem entre o leque de personagens — e olha que são muitos.
Aqui temos Kate, a protagonista que é mais resiliente do que Daphne e Anthony, seu par romântico que, também é bem mais arisco, rude e determinado do que seu antecessor. O relacionamento do casal é cheio de altos e baixos: ora eles se amam, ora eles poderiam estar tentando matar um ao outro com o garfinho da salada. 

É uma leitura divertida e gostosa. Gosto de como a série vai além de uma história de amor por vez e retorna ora e outra para o ninho da família Bridgerton mostrando ao público em pequenas demonstrações de afeto dos seus personagens ou diálogos expositivos a importância da família para o personagem central. Essa série é sobre relacionamentos seja da família, de amizade ou amor e como no final do dia são esses laços que nos ajuda na jornada para nos tornamos quem somos e realizar nossos desejos.

Julia tem uma escrita deliciosa, não extrapola no romance açucarado e nem envereda para o erótico exacerbado. Ela tem domínio da sua escrita com maestria e dosa com equilíbrio as necessidades dos seus personagens e dos seus leitores. 

Muito melhor do que o livro que inicia a série, "O Visconde que me amava" conta uma história de amor típica do gênero que se destaca por valorizar o amor incondicional de uma família e o desafio de lutar contra aquilo que nós assombra: os nossos piores medos. 


Um beijão da Bárbara Herdy.

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