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CRÍTICA | Gracepoint (Season 01) • 1x01 - Episode 1 | Series Premiere

Por Bárbara Sobral •
sexta-feira, 3 de outubro de 2014
Queria estar em Broadchurch ...

Está vendo? Por isso eu não gosto de ficar ansiosa com a estréia/retorno de uma série.
Para mim 'Gracepoint' tinha a grande possibilidade de ser a grande estreia americana dessa Fall Season. De Season Premiere já perdeu essa posição fácil, fácil e é uma pena.

Quando comecei a assistir o primeiro episódio eu prometi que não iria comparar a versão americana com a britânica. Não funcionou. Começando pelo péssimo elenco americano (ressalva a Tennant).


Na pequena cidade de Gracepoint, enquanto a Detetive Ellie (Anna Gunn) volta de férias e vê seu lugar ocupado por Emmet (David Tennant), os dois tem que deixar as diferenças de lado, para tentar entender a morte de um jovem menino de 12 anos.

Antes que comecem as reclamações dos fãs de 'Broadchurch', a produção deixou claro que após o terceiro episódio 'Gracepoint' seguirá seu próprio rumo com enredos e um assassino próprio. Espero que isso ocorra, pois uma série baseada em outra que, já começa com um episódio idêntico a sua versão perde muitos futuros fãs. Respeitar a sua antecessora é primordial, mas identidade é essencial em uma adaptação. 'Gracepoint' é uma série que merece uma identidade, após o terceiro episódio veremos se os roteiristas conseguirão desenvolver isso  até a sua Season (Series) Finale. Entretanto, para chegar até lá, 'Gracepoint' tem uma estrada enorme, antiga e cheia de obstáculos. 



O que tenho que fazer nessa cena mesmo, gente?

Separando o trigo do joio, o episódio de estréia da série americana foi muito boa.
O roteiro foi impecável, pois não mudou absolutamente NADA da versão britânica. A fotografia da série encontra-se impecável com paisagens belíssimas do oceano e da cidade de Gracepoint, infelizmente a praia não é tão bonita como a de Broadchurch, mas é o que temos para hoje, então aceita que dói menos. A trilha sonora me encantou. Delicada e emocional. Encaixou-se perfeitamente com a trama. Infelizmente, 'Gracepoint' peca miseravelmente no que é primordial para qualquer série. Um bom elenco. Sem puxa saquismo da minha parte, David Tennant foi a melhor coisa que aconteceu em todo o episódio e ele está interpretando o mesmo personagem de 'Broadchurch' com apenas uma diferença: o sotaque. Ele, no futuro, talvez modifique as camadas de Carver, mas por enquanto, ele nos deu a mesma ótima interpretação apresentada em 'Broadchurch'. O episódio, merecidamente, foi dele. Tenho visto dezenas de comentários elogiando a atuação de Anna Gunn (ex Breaking Bad), entretanto, desculpa aí fãs da Anna, mas nesse primeiro episódio considerei a atuação dela inexpressiva, não teve química alguma com David, tão diferente de Olivia Colman que, deu um banho de atuação ao lado de David. Não consigo destacar uma atuação que preste além de David. Eu paro para raciocinar, mas não consigo. Todos foram crus, distantes, desconfortáveis e forçados. Nada parecia se encaixar. Era quase uma apresentação teatral onde os alunos do 8º ano só cospem as falas decoradas, mas no fundo, não tem a menor ideia do que estão fazendo. Talvez isso mude com o decorrer da série (eu espero!), mas nesse momento, apenas vergonha. A foto acima, para mim, é uma das piores cenas que eu já assisti. Ninguém sabia o que estava fazendo. Não foi natural. A avó ficou chorando consigo, a adolescente parecia culpada, como se ela tivesse perdido uma super promoção de sapatos na Target, o pai não sabia se ficava machão que-não-chora ou se chorava como um bebê pela derrota do seu time de Baseball que não sabe o que faz com os braçose a esposa ficou num vai-e-vem emocional ridículo. Eles não tinham a menor ideia do que estavam fazendo em cena. David e Anna pareciam julgar a família profundamente. 
O resto do elenco foi tão medíocre quando a família. Haviam personagens que eram cópias fieis dos personagens de 'Broadchurch' e outros que estavam completamente alheios àquele universo. Talvez Kevin Zegers tenha uma salvação, pois seu personagem tem um pouquinho de carisma (bem pouquinho mesmo), se ele tiver tempo suficiente de tela, talvez consiga trabalhar bem isso. Vou torcer por isso, pois se a série continuar nesse ritmo... Infelizmente, não tem futuro. 

Isso é muito perigoso.
A série apresentou um ótimo roteiro, mas 90% do seu elenco não correspondeu a altura.
Não houve emoção, envolvimento, carisma, impacto, suspense, apenas um bando de atores em cenas diversas cuspindo falas, fazendo caretas de choro e tentando fazer carão de possível who que sabe tudo dos paranaue da morte do Danny da série. Se a série for cancelada, culpo inteiramente a produção pela péssima escolha de elenco, pois eu sei que temos uma boa história, um bom roteiro e um ótimo protagonista. O elenco secundário e de apoio será o grande culpado!

FOX tendo erros de produtora iniciante é vergonhoso, tá? Tá! #Inconformada!


Por favor, Deus!

Sobre o episódio foi muito bom. Honestamente. Tudo que o roteiro adaptou foi fidedigno a versão britânica. Se você não viu a série britânica, deveria, eu fiz uma mini resenha aqui e para mim, é uma das melhores séries criminais que já assisti. A Season Premiere inicia com um menino em cima de um penhasco, observando o horizonte belíssimo da costa de Gracepoint. Como num pesadelo, conhecemos a mãe da vitima que acorda assustada. O dia-a-dia de sua família é apresentado nos primeiros minutos de série. Conhecemos o básico de sua família, seus costumes, colégio, empregos. Numa transição de foco, da mãe seguimos o pai que, segue para seu emprego vai cruzando diversos personagens que ao longo da série serão primordiais para nos levar até o assassino.

Então, conhecemos a Detetive Miller que, volta de suas merecidas férias, com a surpresa que o seu tão sonhado emprego foi dado a um outro detetive que não é da cidade, é um homem e que Miller já pega abuso só com a menção do nome: Emmett Carver. 
Ele encontra-se na cena do crime. Adoro o modo que ele diz 'Por favor, Deus. De novo não!'   
Conhecemos um pouco de Carver, mais como profissional do que como pessoa. Ele deixa claro a Miller que está ali apenas para fazer seu trabalho. Ele não se envolve com as famílias. Ele não se envolve com seus colegas. Muito menos com a história deles ou da sua cidade. Ele não precisa disso para fazer seu trabalho. Ao longo do episódio vemos o tão amargurado, ranzinza e sozinho o personagem é. 


A investigação preliminar é iniciada. A família e pessoas mais próximas do cotidiano de Danny são interrogadas para que Carver e Miller consigam ter uma ideia por onde iniciar seu trabalho, pois até o momento parece difícil ter uma ideia do que diabos aconteceu para aquele garoto ser morto. Com cuidado para essa história não vazar na mídia, Carver proíbe que o assunto seja disponibilizado na mídia sem informações concretas para não desesperar o povo da pequena cidade. É claro que não é isso que acontece! Acaba que sem se dar conta, Miller coloca a pulga da curiosidade nos dedinhos do seu sobrinho, jornalista do pequeno jornal da cidade. Ele solta, sem a sua permissão, o que ele supoe ser a verdade e quando percebem a notícia está voando por todas as partes, chegando no conceituado jornal de 'San Franscico' onde uma jornalista fica interessada no caso, não só por ser a morte de uma criança, mas por ter o detetive Emmett Carver como chefe do caso. 
Depois disso, Emmett precisa lidar com o vazamento da informação para não perder a confiança da família da vitima, nem perder importantes provas. 


I've got that summertime, summertime sadness ♪

O fim do episódio não nos deixa com um cliffhanger, mas nos apresenta uma importante pista sobre a morte de Danny. Até então, acreditamos, como os detetives, que ele, por ser uma criança, foi raptado e morto por algum serial killer/maniaco/who doidão, mas quando Miller descobre que não foi bem isso que ocorreu, Carver une-se a ela para tentar compreender o que uma criança de 10 anos estava fazendo sozinha de madrugada na cidade, sem a desconfiança de seus país e conhecimento de seus amigos próximos. 
O que o teria feito fugir de madrugada? Promoção no McDonald's? O lançamento do novo playstation? Foi farrear em um baile de formatura? Mistérios rondam Gracepoint e todos são suspeitos. 

'Gracepoint' nos ensina como respeitar uma série adaptada, apresentando ao seu público uma boa Season Premiere que, infelizmente não é melhor por conta do seu fraco elenco prejudicando não só o ótimo roteiro que a produção tem em mãos, como também o envolvimento do telespectador com a trama. Fico na torcida que isso mude urgentemente, pois a série merece ter o seu destaque por aquilo que verdadeiramente é: ÓTIMA. E não por ser um possível fiasco por culpas administrativas. 

Por hoje é só, mates!
Sexta feira teremos mais David Tennant, mais mistérios e Gracepoint em forma de resenha!
Bom fim de semana e Bang Bang!  
    

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