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CRÍTICA | 1x01 - AKA Ladies Night - Marvel's Jessica Jones (Series Premiere)

Por Bárbara Sobral •
sexta-feira, 20 de novembro de 2015
ABRAM ESPAÇO para a Rainha da Marvel!

Jessica Jones é contratada para encontrar uma estudante da Universidade de Nova York que está desaparecida, mas suas investigações acabam se tornando mais do que um simples caso de pessoa desaparecida.
Essa é a sinopse do episódio inicial de Marvel's Jessica Jones. Numa primeira lida é possível crer que estamos lidando com mais uma série com teor investigativo, seguindo uma detetive descompensada, se não fosse pelo elemento produzida pela Netflix e Marvel. Eu não era a única com expectativas altas por trás desse seriado, ainda mais depois do sucesso de Daredevil. Daredevil está no meu top 03 de super heróis favoritos e acredite eu temi MUITO que a sua série fosse ser um outro fiasco como aquele filme esquecível. E adivinhe? Eu arrisquei, assisti alguns episódios e fiquei hipnotizada. Fui surpreendida com uma das melhores séries do ano, quisá de muitos anos. Então imagine as minhas expectativas com Jessica Jones? Comecei a nutrir carinho por Jessica lendo os quadrinhos e não demorou para ela se tornar uma queridinha em meu coração.

                           
Abertura tocante com elementos marcantes do Universo de JJ.
O que eu poderia esperar da série, além de algo moldado para o sucesso? A Marvel e a Netflix iriam definitivamente produzir algo a altura de Daredevil, com um pouquinho mais de afeição, por ser a estreia de uma personagem desconhecida aos olhos públicos e por ser a primeira grande série com uma heroína como protagonista.

O piloto não perde tempo em apresentar Jessica com sua vida noturna em poucas palavras. Ela é uma detetive e seu trabalho é uma merda. Tacar homens violentos em negação por ter mulheres infiéis através do vidro de sua porta é algo muito corriqueiro para Jess (e uma cena IDÊNTICA a abertura do quadrinho Alias de Bendis). Normalmente seu trabalho é simples: buscar sinais de infidelidade, buscar pessoas desaparecidas, fotografar e investigar detalhes com ajuda da internet. Ela busca provas de uma esposa infiel, acabando por chegar até o seu amante e ter as provas para finalizar esse trabalho. Paralelamente ela trabalha de freela com a advogada de renome Jeryn Hogarth e não apenas trabalhou com ela em outros casos, como mostra ter uma pequena intimidade com a chefe temporária. Além do mais ela tem conhecimento dos peculiares dons de Jones e mostra não gostar que ela os use em seus serviços.

                                 
Adele me entenderia, sabe?
Jessica não consegue ter paz com sua consciência. Quando está envolvida num trabalho, ela precisa saber que ele foi concluído, não apenas para garantir seu pagamento, mas também uma tranquilidade a qual sua vida não tem mais por conta de seu Estresse Pós Traumático. O motivo dele? Não descobrimos num primeiro momento, mas sabemos que envolve um homem e sua presença purpura atormenta Jones que alivia suas frustrações com bebida, e mais tarde sexo. E QUE SEXO, MEUS CAROS AMIGOS! Eu tenho certo receio da audácia da produção mostrar um sexo num nível quase +18, por motivos de: Público infantil forte nas produções da Marvel + Publico infantil derivado de Daredevil + Americanos chaaaaatos, entretanto se você leu os quadrinhos de Jessica Jones (especialmente Alias) ou leu um pouco sobre quem ela é, sabe bem que sua história não é leve e romantizada. A garota é da pá'virada, meu ermão!

Bom, retornando ao episódio. Jessica tem o apartamento invadido pelo seu vizinho Malcom, aparentemente bêbado/sonambulo demais para não perceber que não está em sua casa e Jones é agraciada por um novo trabalho. O casal conseguiu o contato de Jones através da delegacia e ela aceita o caso sem muitas delongas: encontrar o paradeiro da universitária Hope.

                             
Você não está brincando, né? Seria um bom momento para uma piada.
Esse caso tinha tudo para ser como outro qualquer, e então a vida profissional de Jessica encontra diretamente com sua vida emocional deturpada e ela começa a temer pela própria vida, ao desconfiar que aquele caso não foi indicado, e sim armado especialmente para ela. Desesperada, Jessica opta por fugir do seu passado. Manda os pais de Hope irem embora o quanto antes, para escaparem da figura por trás de tal coisa, essa pessoa capaz de destruí-los sem possibilidade de remendos. Hong Kong é a sua escolha de escapatória, mas tudo conspira para ela não conseguir isso, então lhe resta apenas uma saída: Trish Walker.

Trish é uma radialista, com um status social razoável e amiga de Jessica. Pelo menos, era. O rápido dialogo entre elas mostra que a amizade sofreu uma ruptura e elas não conversam a quase seis meses, tempo que bate com o trauma sofrido por Jones. Elas acreditam que Kilgrave está morto, mas Jessica sabe que não e Walker não acredita. Trish tentou ajudá-la lhe pagando terapia, mas isso não foi o bastante para Jessica (mesmo que ela repita obsessivamente um endereço quando sofre um dos seus ataques memoriais traumáticos). Jessica precisa de dinheiro e Trish não lhe deixa na mão, mas declara que ela está fugindo e ela pode fazer melhor que isso.

Eu terminei o episódio assim: NO CHÃO.
 O final desse piloto não é apenas surpreendente, como também revela o caráter de Jessica e descobrimos que ela está certa sobre suas desconfianças e a pessoa por trás daquilo, agora lhe falta descobrir, como ele sobreviveu e por quê retornou para infernizá-la. A problemática? Ela não tem a menor ideia de como conseguir fazer isso, mas eu lhe garanto Jessica Jones irá encontrar uma maneira.

Como? Queridos, como eu, você terá que assistir a série para descobrir.

De longe, um dos melhores pilotos assistidos por mim, em anos e recomendo que como eu, você dê uma chance a série. A primeira temporada estreou hoje e se encontra completa (COMO EU AMO A NETFLIX!) através do Netflix.    

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