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LITERATURA SEM BARREIRAS | ROMANTISMO - PRIMEIRA FASE

Por Bárbara Sobral •
segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

 


          O romantismo brasileiro é um dos movimentos literários mais importantes do Brasil. 

     
     Teve seu inicio com "Suspiros poéticos e saudades", de Gonçalves Magalhães em 1836, onde é percebido algumas das marcas do movimento: a auto definição política, social e racial. O romantismo acontece em um dos momentos históricos mais movimentados da nossa nação, quando o Brasil deixava de ser uma monarquia e tornava-se uma república, mais tarde também acompanharíamos a abolição da escravidão - e a história de muitos escravos e negros foram contados nos textos de vários dos escritores que serão trazidos aqui.   

     O romantismo foi dividido em três fases: indianismo, ultrarromantismo e condoreirismo. Falaremos aqui sobre a primeira fase.

   

     No Romantismo há uma recuperação do passado da história brasileira através da idealização  do povo indígena. Essas idealizações foram muito criticadas através do romantismo - e até hoje - por reforçar preconceitos e estereótipos, como "o indígena que anda descalço e não se machuca" ou "as mulheres indígenas puras e virginais de pele exótica." Essas problemáticas devem ser trabalhadas em sala de aula e discutidas por que infligem negativamente os povos indígenas.  

     O indianismo teve duas figuras importantes: Gonçalves Dias e José de Alencar. Tivemos Manuel Antonio de Almeida, mas falaremos melhor dele para o fim.


GONÇALVES DIAS (1823-1864)

Obras: Canção de Exílio, Juca Pirama, Sextilhas de Frei Antão, Meditação, etc.

     Ele publicou entre 1847-57. Escrevia poesia sobre o amor. Concentrou suas narrativas na idealização dos indígenas (visto em Juca Pirama), como também transbordou seus sentimentos de saudosismo em Canção de Exílio, narrando o período que viveu em Portugal, assim longe de seu país. 

JOSÉ DE ALENCAR (1829-1877)

Obras: O Guarani, Iracema, Lucíola, A Viuvinha e Senhora. 

José teve influência dos romances franceses em suas obras. Ele tinha um projeto de abarcar todo o Brasil nas suas histórias. Lembrando que nesse período o foco dos romances eram no Rio de Janeiro, onde a corte era localizada. Senhora, por exemplo, é narrado no Rio. 

Joaquim Manuel de Macedo teve influência do autor ao escrever Moreninha, o percursor do estilo folhetim no Brasil. 

MANUEL ANTÔNIO DE ALMEIDA (1831-1861)

Obras: Memórias de um sargento da milícia (1854-1855).

     Manuel fez parte do movimento do indianismo, mas a sua obra é distante das marcas desse movimento. É apontado em sua história as primeiras marcas do REALISMO e naturalismo. Sua obra teve inspiração nos romances espanhóis, que narravam protagonistas malandros. Muitos apontam que foi aqui o nascimento da imagem do brasileiro malandro.

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