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THE CATEGORY IS... | MELHORES ÁLBUNS DE 2020

Por Bárbara Sobral •
quarta-feira, 23 de dezembro de 2020



    A música salva. Nesse ano nós tivemos surpresas musicais deliciosas e separei aqui os meus discos favoritos de 2020.



    O HURTS é uma dupla britânica de synthpop, que lançou seu primeiro álbum Happiness em 2010. Desde então, eles têm lançado álbuns concisos e lineares. Eles evoluem gradativamente, sem mudanças estridentes e extravagantes de ritmos e gêneros. Eles investem, experimentam e inovam. 

    Eles têm para mim um jeito muito particular de fazer música: eles contam uma história através de suas letras e investem em ritmos distintos. Faith, o seu novo álbum tem tudo dos seus antecessores: o ritmo, as letras, histórias, sentimentos e uma pitada de ousadia. Para mim esse álbum entra no top 3 de melhores trabalhos da dupla, além de ser viciante. 

Voices, Numb e Somebody são os meus destaques. 



    FUTURE NOSTALGIA é um dos melhores álbuns do ano. Ponto. A proposta de Dua Lipa com esse trabalho foi de trazer um pop nostálgico para a atualidade. Uma empreitada interessante, que outras cantoras do gênero, algumas como Britney e Christina, que reinaram nos anos 1990 e 2000 não tentaram em seus trabalhos. Algo que é constante no pop é a tentativa de criar algo novo, inovador e diferente, que se destaque. 

    O pop futurista ou aquele com toques de eletrônica é um dos que mais se destacaram com a Gaga, a Britney e Rihanna. Só que tudo que é muito repetido sem ter um TCHAM acaba esquecido no meio de outras coisas repetidas sem um tcham. 

    Future Nostalgia tinha tudo para dar errado, mas acertou. Uma nostalgia bem feita se torna nostálgico e estimulante. Escutar esse álbum te leva para as baladinhas de 2000 sem te tirar de 2020. As letras das canções são criativas conversam com a atualidade, como Boys will be Boys e algumas se tornaram chicle para os fãs mesmo não sendo a música mais fácil para se tornar chicle, tipo Don't Start Now. 

Meu destaque vai para Break my heart, que eu dancei o primeiro semestre inteiro.



    SMILE surgiu para os fãs como o disco da capa feia. Verdade. A primeira capa era bem infeliz, mas o conceito era adorável. Eu gosto muito da Katia Peres. Gosto mesmo. Ela me perdeu em Prism, mas me apaixonei por ela de novo em Witness - que ela entregou um trabalho impecável menosprezado pela crítica especializada e muitos fãs. Para alguns o ápice de Katy foi em Teenage Dream, mas discordo. 

    Acho que Katy é um caso especial de que ela ainda está se descobrindo musicalmente. O que ela fez em One of the boys é distinto do que ela fez em TD e do que ela fez em Prism e assim por diante. Isso, para mim é incomum entre as cantoras do pop, que se agarram a um elemento e tornam ele algo próprio, uma marca. Você pensa em Gaga e te vem na cabeça o que? Para mim vem inovação. E para Katy? Para mim é uma icógnita. Katy surgiu em um período como uma cantora divertida, jovial e talentosíssima. Eu acredito que Witness + SMILE são o caminho para ela descobrir sua música. 

     Smile me lembra Witness só que mais lapidado. As letras são deliciosas, criativas e casam com os ritmos, que não trouxeram muito de novo ao gênero e a cantora, mas combinaram com a proposta do CD. 

Meus destaques ficam para Never really over, Smile, Champagne problemas e Harleys in Hawaii.


E aí, quais foram os seus álbuns favoritos de 2020?
Um beijão de Bárbara Herdy. 

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