Destaques

RESENHA | 1222, de Anne Holt

Por Bárbara Sobral •
terça-feira, 25 de setembro de 2018



HEY, MATES! Tudo bem com você?

Estou aqui para falar sobre 1222, uma trama investigativa e norueguesa cheia de mistérios para resolvermos com Hanne, sua protagonista. Vamos solucionar?






TÍTULO: 1222

SÉRIE: Hanne Wilhelmsen #8

AUTORA: Anne Holt
TRADUÇÃO: O livro foi publicado com apoio financeiro da NORLA.

EDITORA: Fundamento

PÁGINAS: 303
ANO: 2012

COMPRE NA AMAZON:https://amzn.to/2IaEaFGhttps://amzn.to/2IaEaFG

SINOPSE: A 1222 metros de altitude, um acidente de trem. Uma impiedosa nevasca. Um hotel centenário. E um assassinato! Uma ex-policial, tão astuta e brilhante quanto sarcástica e antissocial, é a única pessoa capaz de solucionar o mistério da morte de um dos 269 passageiros de um trem descarrilado. Isolados do resto do mundo por causa da neve, uma atmosfera de medo, hostilidade e desconfiança instala-se no hotel onde eles se refugiaram. Mas Hanne não quer se envolver. Ela sabe que a verdade cobra um preço muito alto. Ao longo dos anos, sua busca por justiça lhe custou o amor de sua vida, sua carreira na polícia de Oslo e a própria mobilidade. No entanto, encurralada por um assassino, encurralada pela pior nevasca da história, Hanne - e os outros passageiros - não tem saída. Em uma situação extrema, as máscaras logo caem... E, nesse grupo, muitas pessoas não são o que parecem. Aliando sua capacidade de dedução a seu instinto, Hanne mergulha em um enigma difícil e surpreendente. Acompanhe todos os momentos dessa história envolvente e arrepiante. 
 


Hanne é uma ex-policia que embarca em uma viagem de trem durante uma nevasca. O trem descarrilha no meio do nada e ela junto aos 269 passageiros encontram asilo em um hotel. Isolados e sem contato com o mundo externo. Hanne quer esperar a chegada do resgate longe de todos, mas quando um assassinato ocorre bem embaixo dos olhos dos isolados, Hanne luta com seu interior para não se envolver. Ela perdeu a sua mobilidade, o amor da sua vida e a sua carreira por conta da justiça, ela não queria perder o que lhe restava, mas sem saída, ela resolve desvendar esse crime, antes que inocentes acabam por também perecer naquele lugar centenário.

Eu tenho algumas coisas para falar sobre esse livro.


Ganhei esse livro justamente quando a minha hype com a Noruega começou (coisas do destino! ♪) e eu nem desconfiava que autora era do país nórdico. Fiquei cativada pela sinopse e descobri lendo sua biografia que ela era norueguesa e prontamente, comecei a ler a história que tem um inicio extremamente envolvente.

Hanne, por mais fechada e rude que seja é uma protagonista cativante, com uma mente fascinante e uma determinação inspiradora. Ela é cadeirante, e por conta do acidente que ela sofreu em uma missão (que não é abordado nesse livro) ela acabou perdendo a mobilidade das pernas e aprendeu a se independer como pessoa e profissional. Ela é uma mulher com fibra e confiança, mas não nega ajuda quando ela se mostra necessária - e isso fica claro quando a investigação inicia. Hanne é gay e fala um pouco sobre o seu relacionamento no inicio da trama, como também, fala das perdas que sofreu por conta do seu trabalho. Nesses momentos me simpatizei mais por ela e também pelas escolhas feitas pela autora.

Ela não tem uma convicção de que é a melhor detetive do planeta (Oi, Poirot!), mas ela sabe que dentro daquele hotel, ela é a melhor detetive e talvez a única pessoa capaz de trazer justiça para a vitima - ou as vitimas? Com a passagem de tempo as pistas começam a desaparecer e o culpado (ou culpada?) tem mais chance de escapar do crime, assim cada minuto é imprescindível para conseguir solucionar o caso. Ela se une a um grupo de pessoas que, nutrem do mesmo interesse que ela: trazer solução ao caso, manter a paz entre os refugiados e saírem dali nas próximas horas. Com vida.

Eu amo uma trama de isolação. Acho fascinante os caminhos que um comodo fechado e a ideia de incapacidade de escapar alimentada na mente humana pode causar ao leitor ao longo da leitura. Por mais que essa sensação de claustrofobia eu não tenha sentido, ela está lá, nos cômodos fechados, nas janelas estalando, no som do vento e a visão da neve encobrindo cada trecho que era possível de ser visto pelos personagens. O desenvolvimento do crime central é interessante, pois as pistas não levam os leitores a lugar algum, assim precisamos de Hanne e sua turma para conseguir ver o que só eles podem nos mostrar. No entanto, eu fiquei muito triste com o desenvolvimento da trama do meio para o final. Depois da página 230 a narrativa dá um nó, a solução para os mistérios são solucionadas de um modo deus ex machina, sem a participação dos leitores para entender o que está rolando (ou solucionar junto com a protagonista). Isso não ficou claro, então quando a solução surge, ela cai em nosso colo.   

A tradução é muito boa e adorna magnificamente com a escrita de Hanne. Mesmo sendo o oitavo (OITAVO!) livro de uma série extensa, eu não encontrei dificuldade em me conectar com a protagonista e a sua história já contada e aqui desenvolvida. Fiquei curiosa para ler os outros livros da série - e da autora.
Recomendo para os adoradores de livros investigativos. 

Comentários via Facebook

© Oi, Babi! – Tema desenvolvido com por Iunique - Temas.in