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Novidades | Terminei o meu novo livro!

Por Bárbara Sobral •
terça-feira, 9 de fevereiro de 2016




Terminei o meu novo livro, mates.
Gratidão por mais uma conquista em minha vida. Gratidão por mais uma história apaixonante ter sido entregue a mim. Gratidão por esse dom extraordinário de escrever e criar Universos. Gratidão por você, Clara. 



Essa foi uma daquelas histórias, sabe? Era um dia comum de Maio quando Clara (esse é o nome da nossa heroína ♥) nasceu, cercada por seus amigos numa festa. Viciada por sapatos como Carrie Bradshaw, com um humor acido como Bridget Jones e uma racionalidade digna de Elinor Dashwood, Clara é antes de tudo independente, livre e iluminada. Na escuridão ela era a sua própria luz. 


Sua história não é sobre como sua vida mudou da água para o vinho, após a viagem dos seus sonhos. Muito menos é uma aventura em Tânis, uma cidade esquecida no Egito atual. A história de Clara é no agora. Uma mulher dedicada ao seu trabalho, aos seus amigos e distante da sua família, em busca de conquistar sua independência emocional e profissional. Curiosamente, Clara se distanciou de mim no pior momento de sua vida. Me vi obrigada a lhe dar o direito a tal distância e pouco tempo depois, eu me vi vivendo os piores dias da minha vida. Achava que eu e Clara nunca mais nos encontraríamos. Mal sabia que ela estava o tempo todo ao meu lado. Vivemos experiências distintas, mas nunca me senti tão conectada com uma personagem, como me senti a ela. Eu entendia os seus temores e ela compreendia os meus. Eram problemas tão distintos e mesmo assim houve compreensão no meio dos nossos caos. Sem julgamentos, apenas co-existimos esperando o momento exato de retomar as rédeas das nossas vidas, para enfim nos reencontrar. E olha que somos beeeeem diferentes, não é a toa que brigamos muito durante o percurso de sua história. (E como brigamos!)


'Você tem certeza disso, Clara? Se você fizer isso, você pode complicar as coisas...' Eu perguntava com uma ruguinha de preocupação brotando em minha testa, segurando os meus dedinhos, temendo escrever aquilo ali que ela me propunha. Clara era racional demais para o meu coração sonhador.

'Eu dou um jeito para descomplicar' Ela respondia calma dando singelamente de ombros, enquanto caçava alguma série para assistir em seu Netflix, conectado na televisão pelo seu melhor amigo.

'Não estou dizendo complicar para você, mas para os outros' De tempos em tempos, eu precisava ser um pouco dura com ela, pois as vezes achava que Clara não enxergava o todo e só o que os seus olhos permitiam ver.
'Eu sei' E então ela me olhou com um discreto sorriso, meneando a cabeça numa singela afirmação.

E ela sabia mesmo.

Com esse tom de "Eu estou pronta para qualquer coisa", Clara foi difícil, como pessoa, como sua história foi muito complexa também. Ela foi uma protagonista complicada de desenvolver, por ela ser muito reservada e observadora. Eu dificilmente conseguia arrancar algum detalhe sobre o seu passado e até os seus mais profundos sentimentos quantos aos seus amores. Era muito mais fácil compreendê-la quando estava ao lado de seus amigos, pois ela deixava algum detalhe escapar sem querer, mas eram nos momentos de solidão os instantes aos quais ela permitia eu compreender o mundo através dos seus olhos. 

A simplicidade crua, a dureza e a realidade do seu mundo nos aproxima como imãs e quando a última palavra foi digitada inconscientemente, com os meus olhos cheios de lágrimas, escutando a última estrofe de 'Heart of Gold' de Neil Young num estalar dos dedos, o romance foi concluído. Então Clara repousou suas mãos sobre os meus ombros com um sorriso discreto, porém sincero sussurrou com satisfação:

''Nos vemos por aí, Barbie''.

É, nos vemos por aí, minha amiga Clara. 


E vocês, em breve também encontrarão com Clara.

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