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CRÍTICA | Chicago PD (Season 02) • 2x03 - The Weigh Station

Por Bárbara Sobral •
sexta-feira, 17 de outubro de 2014
Ninguém mexe com o Jaylicia!



'QUE VERGONHA BARBARA!

VOCÊ DEMOROU PARA RESENHAR ESSE EPISÓDIO DA SEMANA!'

Podem me condenar, mas foi difícil comentar sobre esse episódio - e a falta de tempo também me impediu de seguir o meu cronograma, sorry, mates!

Chicago PD continua com um padrão 'late mais alto que daqui do pedestal eu não te escuto' de qualidade. 'Weigh Station' vem para alucinar o telespectador e dar escola há muita série que não sabe como solucionar os seus enredos com poucos episódios, sem perder o suspense, o interesse do público e a qualidade. Diferente da maioria dos episódios, esse não tratou de nenhum plot secundário. Jaylicia era o único foco em toda a narrativa e valeu cada segundo da vidinha dos seus telespectadores.

A recompensa pela cabeça de Halstead vira uma perigosa realidade, quando uma bartender inocente leva o tiro que era para ser de Jay. A estrategia é: conseguir pegar o bandido que iniciou essa recompensa bem embaixo do nariz dele. Por um lado mais racional, Olinsky tenta apelar para a razão de Bembenek, para cancelar o acerto, em vão. 
O terceiro episódio dá continuidade ao anterior, mostrando Queen Erin e Jaylicia se recuperando dos cacos daquela quase guerra, enquanto tentam salvar Madie, a bartender. Após a jovem ter recebido atendimento médico (CADÊ A NOSSA DERIVADA CHICAGO MD, tá na hora. Tá Dick? Só dizendo. Motivos? Aqui!) Jaylicia fica emocionalmente abalado, principalmente por algo que foi direcionado a ele, ter atingido (literalmente) alguém que não tinha nada haver com isso. Ele arranca a blusa fora, grita #ThisisChicago e declara sua independência da polícia: Tudo bem, isso foi na minha cabeça. O que acontece é que Jaylicia declara que todas as suas ações serão escolhidas sem o comando de Voight e sua equipe. Jay está sozinho em suas decisões e, quem deve se adaptar, é a equipe, pois só assim eles conseguirão acabar com isso.


Estava achando que ia ter uma Happy Family aqui, queridinha? Não! Tu nasceu para atuar em séries com famílias capirotadas!

Percebo que Dick Wolf gosta de trabalha com grupos de enredos. Cada um deles trata de um personagem como principal e secundário. O plano principal terá uma conclusão entre 2- 3 episódios e o secundário é apresentado, explorado e guardado para ser melhor trabalhado como tema principal no futuro (o famoso apresentar, desenvolver e consequência). Nesses três episódios tivemos Jay como foco e em segundo plano, Erin. Com a conclusão do enredo do Jay e a família aloprada de Erin tendo um temporário final feliz, acredito que o próximo episódio, teremos novos personagens em focos (#PLEASEBRINGANTONIOBACK).   


O destaque para Jay veio em boa hora. O personagem é carismático, funciona com todos os seus colegas e é uma liga emocional nas missões, mas, até o momento, não havia conquistado um plot que mexesse não apenas com sua estrutura emocional, como a nossa. (Vide que na temporada anterior ele teve um plot familiar como Erin.) Esse episódio nos mostrou que o que Jay tem de jovem, tem de impulsivo, decidido e esperto. Num futuro, ele pode pegar tranquilamente a liderança na equipe, caso aconteça alguma coisa com Voight bebê.


[Insira algo engraçado aqui, pois eu to enfeitiçada pelo charme desses homens]

Vamos falar sobre coisas boas, maravilhosas e cheirosas? Sim, vamos falar de Hank Voight. Ele é capaz de tudo pela sua equipe, sua família, mesmo que isso ele tenha que pegar pesado com cada um deles. Ele protege Jay - dele mesmo - quando o prende na central. Ninguém discute com ele sobre isso. Também, quem iria com aquela voz! Eu amo a parceria Queen Erin e Voight, mas preciso confessar que ele com Antonio lacram qualquer caso, situação, momento! Amo o sarcasmo de Voight!Definitivamente é uma das melhores coisas em toda a série. Outro ponto sobre seu caráter que é importante ressaltar é o modo que ele não se impõe através do medo. Ele não faz o outro temê-lo. Ele busca respeito antes de ser temido e conquista isso através dos seus discursos como o paralelo entre o céu e purgatório.

Olinsky, o senhor da boina, foi o intermédio com o verdadeiro vilão do episódio. Ele encarou o chefão da mafia, tentando dialogar com ele. Ameaçou com uma diplomacia de cavalheiro, dando a ele duas opções: o paraíso ou o inferno. Como todo vilão que se preste, o chefão desdenhou e manteve a ordem de matar Jaylicia. O Senhor da Boina não tinha alternativas contra aquele argumento. De qualquer modo, o chefão ganharia um prêmio pela sua resposta. Apenas no final, Olinsky pegou o sorriso debochado do chefão para si ao revelar que, graças a sua grande ajuda, ele iria passar o resto da vida na cela comum, vivendo com as pessoas que Olinsky havia mais cedo descrito. É claro que o chefão perdeu a sua última calça e Olinsky saiu passista da Unidos do TPB: Tiro, porrada e bomba.

Quem é que manda aqui? 

Eu sinto muita falta da presença de Antonio, mas percebi com esse episódio que sabemos pouquíssimo sobre Olinsky e sua paixão horrorosa por boinas. Na temporada passada ele teve um plot breve familiar que, foi ótimo para conhecê-lo como pessoa, mas que não o explorou como profissional.Tenho muita curiosidade em ver uma trama que o coloque nas rédeas de um caso, mostrando os seus dons investigativos. E, talvez, tenhamos ainda nessa temporada um foco nele, já que foi apresentado, discretamente, que ele e o policial Bunny tem um certo desafeto, mas nenhuma das partes revelou o que, mas em algum momento isso virá a tona e poderá sim, apresentar algum problema profissional ao Senhor das Boinas.


Não tá fácil não, Daddy Emprestado Voight!

Na parte secundária da série tivemos a conclusão temporária do 'Casos de Família' dessa semana. Apenas para limpar sua consciência de qualquer arrependimento, Queen Erin fez a sua parte e de negro, divou no casamento da mãe retardada e inútil. Infelizmente para o emocional da nossa Queen, ela teve a certeza que a mãe só a queria ali para fazer figuração de boa e afetuosa mãe, quando é bem o contrário. Coitado do seu novo marido. De qualquer modo, esse ressurgimento das trevas de sua mamãezinha querida serviu para reaproximá-la de Voight. Foi lindo! Eu lacrimei aqui a vendo relembrar o passado, dividindo com o público a família que Voight foi e sempre será para si. Por mais decepcionada que esteja, Voight sempre foi sua base. A figura familiar que ela nunca teve. Se tem algo que ela aprendeu com esse ressurgimento das trevas de sua mãe é que a mulher que ela é hoje é graças a Voight que, mesmo com todos os seus erros, acertou com ela. 




Nádia deixou sua marca em Plat ao mostrar que, entre dezenas de funcionários, ela foi a única a se lembrar do seu aniversário. Com isso, ela permitiu que a nova funcionária de Voight se tornasse parte do seu convívio. Não tinha a menor necessidade de ter isso explorado agora. Não atrapalhou nem ajudou no enredo da série, só foi um meio de aproveitar as personagens na série.

Outros que retornaram nessa semana foi o casal amor diabético Ruzek e Burgess. Ambos estão bem soltos nessa temporada. Sem um enredo interessante ainda, eles vão se consolidando como casal amor amor da série. Por um lado isso é bom, ver um amor proibido crescer e desenvolver como enredo de fundo da temporada pode ser importante para futuros enredos, mas também é chato, pois o casal, como personagens, parecem ter apenas isso para retratar. De qualquer modo, o casal funciona muito bem juntinhos e separados e, isso é excelente para qualquer situação que os roteiristas proponham num futuro. Como Nadia/Plat achei bem insosso o enredo do casal nessa semana. Sem a menor necessidade disso ser explorado agora. O ciúme desnecessário de Burgess, apenas para deixar Ruzek mal e, logo, no final, ser solucionado com um pouquinho de charme foi bem inútil, mas, tudo em Chicago PD tem um motivo e, garanto, que isso será explorado melhor num futuro próximo (eu espero!).

Achei maravilhoso a conclusão do episódio sublinhando que o tema da semana não foi salvar um colega, e sim, um membro da família. O orgulho de Voight com Jay foi lindo, vendo que ele não havia feito aquilo apenas por si, mas por toda a cidade. Ninguém iria saber que ele havia feito aquilo, mas a família sabia. Naquele momento, Voight elevou Jay a posição de herói e eu achei lindo. Volto a dizer, Voight não é ruim. O problema é que as pessoas não entendem que os seus altos são por aqueles que ele ama e, se ele tiver que se tornar uma pessoa ruim para isso, ele vai se torna. Ele é a imagem extrema do ser humano, que na balança da vida uma hora pende no bem e outra no mal. Jay e Brett (Chicago Fire explorando bem Brett, valendo ressaltar que aqui não só mostra ela como uma ótima paramédica, mas como um ser humano que se afeiçoa com aqueles que ela salva, o que é perigoso, mas um gesto bonito de alguém que está sempre na linha tênue da vida e morte) tiveram uma conversa tocante, onde ele deixa claro que está mal pelo que aconteceu com Maddie. Ele se sente culpado, mesmo após tudo e eu acho que essa marca irá persegui-lo como um fantasma e ele sempre tentará fugir do espectro de ter uma nova 'Maddie' em sua vida. Vale ressaltar que eu senti um climinha ali entre Jaylicia e Brett Barbie. Sou team Jayin CEGAMENTE, mas como disse na resenha anterior, eu acredito que o casal escolheu a profissão, em vez de lutar por um amor. Se Erin está dando, mal e porcamente, uma chance a Severide, porque Jay não pode dar uma chance a Barbie paramédica? Acho válido! Acho babado!
     
E agora, Jaylicia?

Chicago PD continua segurando a peteca, entregando a seu público mais um ótimo episódio, não decaindo em sua proposta apresentada e direcionando seus personagens em questionamentos importantes: O que ele seria capaz de fazer por quem ama, por sua família e por seus ideais?


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