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CRÍTICA | The Night Shift (2014)

Por Bárbara Sobral •
terça-feira, 19 de agosto de 2014

Título: The Night Shift 
Ano: 2014
Temporada: Série
Gênero: Médico
Duração: 42 - 43 minutos.
Episódios: 08
Status: Renovada
Emissora: NBC
Emissora Brasileira: - 
Direção: Grande elenco.
Roteirista: Jeff Judah e grande elenco.
Elenco: Eoin Macken, Brigid Brannagh, Ken Leung, Freddy Rodriguez, Robert Bailey Jr, Jill Flint, Jeananne Goossen e grande elenco.SinopseTC Callahan (Eoin Macken, de Merlin) é o líder da equipe médica do Hospital Central de San Antonio, Texas. Utilizando métodos pouco ortodoxos, ele costuma bater de frente com seus superiores. Entre eles, Michael Ragosa (Freddy Rodriguez, de A Sete Palmos, Chaos), um ex-estudante de medicina que deixou a faculdade por causa de problemas na vista. Agora, ele é o administrador do hospital no turno da noite, um verdadeiro burocrata, mais interessado em cortar custos que salvar pacientes. Ele precisa se cuidar para não perder o cargo para a Dra. Jordan Alexander (Jill Flint, de Royal Pains), ex-namorada de TC e a segunda no comando do hospital. 
                                                          


Demorei, mas voltei com mais uma resenha 4 estrelas de uma temporada completa de uma série estreante. Estou falando de 'The Night Shift' do canal NBC.

Somando essa sinopse sem tempero algum com uma leva de posteres dignas de um estagiário iniciante, eu não dava nada pela série. MAS NADA MESMO! Nem me lembro porquê comecei a ver. Acho que estava desesperada demais por uma nova série médica - CHEGA de Grey's Anatomy. #SddsER

Acreditem foi a melhor decisão ever dar uma chance a série. A sinopse não valoriza em nada o ótimo material apresentado nessa primeira temporada. Confesso que senti uma melancolia a cada novo episódio, pois a série lembra muito E.R, mas sem perder sua identidade.

Sejamos sinceros. O que mais tem é série médica, logo eles precisam se reinventar (o que é um perigo) ou arriscar com aquilo que é conhecido. Acho que esse é o grande trunfo da série. Ele pega o que a de melhor em E.R: uma equipe tendo que solucionar n casos inesperados em um determinado turno e, pega o lado emocional de Grey's Anatomy, ao mostrar interesse em relatar os emocionais dos personagens, sem ser piegas ou ter uma Meredith Grey para encher o saco.

Não temos grandes surpresas quantos aos personagens.
Bem típico! Ou você ama todos eles ou os odeia.
Confesso que no inicio TC (Eoin Macken) me incomodava muito, mas isso é normal entre mim e os protagonistas. Ele era extremamente impulsivo, aquele que tinha o dom da última palavra. Ele era bom, mas essa fórmula de: eu sou o boladão, então dê um passo para atrás só funciona quando o 'boladão' se dá mal com a sua impulsividade e ele precisa aprender a permitir que os outros tentem da maneira deles e isso não aconteceu nessa temporada. Mas, ele é um personagem estável: é impulsivo, ninguém o doma, inteligente, engraçado de sua maneira e um ótimo amigo, gostar dele, não é difícil. Gostei muito do recurso dos flashbacks introduzidos a TC envolvendo a sua ida a Guerra - e ser mostrado que a amizade dele e Topher (Ken Leung) ser fruto daquela época.

Falando nesse último: adorei o Topher, ele tinha a pitada certa entre seriedade, impulsividade e lado cômico. Fácil fácil, ele ganhou a posição de meu personagem favorito. Se você gostar dele, aviso que a Season Finale pode ser fatal para você. #SóAvisando

É claro que TC tem o seu par romântico mal resolvido pela qual ele é incondicionalmente apaixonado, a fofa de cabelos brilhantes Jordan Alexander (Jill Flint), chefe do plantão da noite, boa médica e pessoa. Ela é uma boa personagem em contraposição com TC, sem ser forçada e/ou fraca em caráter, ela mostrou nessa primeira temporada que confia em seus colegas, mas confia mais ainda em seu tato. Ela namora Dr. Scott Clemmens (interpretado pelo Scott Wolf, rostinho conhecido pelos fãs da série V #EternasSdds) que arruma um jeitinho nada sútil de se infiltrar no plantão da namorada, no momento mais conveniente, não é, Senhor Scott? O personagem tem um papel secundário na história, ele apareceu em momentos importantes para resolução de plot's envolvendo Jordan e TC, mas confesso que mesmo com as suas poucas aparições gostei da doçura e bom coração do médico. Espero que na próxima temporada ele retorne com uma história maior e não só como namoradinho da Jordan.

Diferente do diretor do hospital, Michael Ragosa (Freddy Rodriguez), começamos a série descobrindo que ele tem um grave problema de visão, que pode impedi-lo de ter uma vida normal, o que te faz de imediato ter compaixão pelo personagem, mas aos poucos, você vai perdendo esse carinho. Por que? Porque ele é um saco. Ô homem para reclamar/se oposto/resmungar/ser carente COM TUDO. Foi uma boa jogada colocá-lo próximo da Landry de La Cruz (Danniela Alonso, da finada (Amém!) Revolution), até mesmo o interesse romântico que ali surge foi uma boa jogada para trazer mais amabilidade ao diretor e utilidade a Landry. Isso ainda pode ser bem explorado no futuro, ainda mais com Landry interessada em outro Senhor do Hospital. Isso vai dar numa treta de um retângulo amoroso, espera só!
                               

Temos Drew Alister (Brendan Fehr) aqui está o meu segundo personagem favorito da série. Ele é, como diria minha avó, uma graçinha de menino. Ótimo médico, militar, é muito educado e um fofo - como também LINDO, né, girls? E é gay. Isso nos é confidenciado no 1º capítulo em uma cena entre ele e TC. O que mais amei nisso é como mostra que o nosso protagonista é um bom amigo, acima de tudo e nem um pouquinho preconceituoso. Veja bem! Drew é um médico militar na cidade de San Antonio, no Texas. O preconceito existe naturalmente, mas nos Estados Unidos existe uma forte barreira quando se trata de ser gay e militar. O personagem tinha tudo para ser clichê e forçado, mas Brendan conseguiu levá-lo com delicadeza durante toda a série, sem roubar o protagonismo de TC e sem ficar esquecido junto aos outros secundaristas. Ele até ganhou um importante episódio, onde o seu relacionamento e quem ele é, é colocado em teste em seu trabalho, as decorrências desse episódio moldam não só sua personalidade, mas o seu convívio com seus colegas. Foi um dos melhores episódios da séries.

Restam do elenco central dois personagens: Kenny (JR Lemon) e Dr. Krista Bell-Art (Jenanne Goossen) o primeiro não garantiu nem um plot, apenas servindo de personagem móvel e alívio cômico para auxiliar e aliviar a tensão dos personagens. Nada contra Kenny, mas é o tipo de personagem que pode ser tirado da série sem grandes dificuldade que ninguém fará falta. Sobre Krista tenho lá minhas dúvidas. Em suas poucas cenas, ela mostrou um grande potencial. Ela não só tem um alívio cômico em seus diálogos, como mostrou ter uma ótima química com Drew, até o momento, a melhor amizade da série, como também, ela fez uma ótima parceria médica com Jordan, que pode ser muito bem aproveitado na próxima temporada #ficaadica

As histórias dos personagens se misturam aos casos médicos semanais. Nada de novo até então, como as histórias dos personagens que podem ser apontados com temas semelhantes explorados já em outras séries, mas aqui são reaproveitados sem fazer feio.
Num resumo breve do que você vai encontrar nessa temporada:
Além dos flashbacks de TC e Topher da época de forças armadas, Jordan precisa se manter como chefe do plantão e passa a maior parte da temporada balançada entre ficar com o perfeito e certinho Scott ou o imprevisível e selvagem TC, temos a história de Drew e seu receio de contar aos seus colegas que é gay e se eles descobrirem, como isso poderia vir a afetá-lo como médico naquele hospital. Temos também a história do diretor: ele não só acabou de descobrir que tem esse grave problema na vista, como está passando por um divórcio e tentando cortar os gastos dos hospitais para eles não passarem por uma crise. No plano médico, preciso dizer que esse era um dos pontos altos dos episódios: os casos. É difícil depois de anos de séries médicas ter plot's exclusivos, os casos aqui apresentados são diversificados, sem ser extraordinários e inacreditáveis, temos problemas do cotidiano médico, sem deixar de ser interessantes.

O roteiro foi bem planejado, todos os episódios são redondos, alguns aspectos que são deixado em aberto servem de ligação para o próximo episódio ou como elemento surpresa para dar um movimento atraente a série. Nenhum personagem é esquecido, apenas deixado em modo secundário para uso futuro. Eu, apenas reforçaria a melhor utilização do elenco secundário, tentar trazer utilidade a todos eles com plot's, que de inicio sejam deles, mas no futuro, pertença a toda equipe.

Para essa temporada mid season pobre, The Night Shift foi uma agradável surpresa mantendo o nível de todos os episódios com personagens bacanas, bem explorados e interessantes aos olhos do público, com plot's reaproveitados, sem se tornarem clichê e forçado, e é claro, que deixou um gostinho de queiro mais.


Melhor episódioTodos, é claro. Mas para mim, o melhor foi 1x06 e 1x07.
Valeu cada segundo do meu belo dia1x01, 1x02 e 1x03.
#NotAmused (Poker Face): 1x04, 1x05 e 1x08 (Season Finale)
Podia ter dormido sem essa, né?: Eba! Estrelinha brilhante para "The Night Shift''.

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