1. Lírica.
2. Satírica.
LÍRICA.
1.1 CANTIGAS DE AMOR.
Tem um eu lírico feminino — lembrando que os escritores eram homens em sua maioria — com emprego de paralelismo — repetição de estruturas sintáticas. O lamento da moça para um amigo, seu confidente e o amor natural, sem convenções e regras eram a base dessas cantigas.
1.2 CANTIGAS DE AMOR.
Conhecida também como amor cortês, essa forma retorna no romantismo. Diferente das cantigas de amigo, aqui o eu lírico é submisso à figura feminina com uma relação de vassalagem à ela — fidelidade e obediência a quem ela é e significa para ele. Há um zelo pela reputação da dama e uma idealização a quem ela é, distanciando assim da ideia de amor natural. O eu lírico também se abdica de todos os seus bens materiais pela sua amada.
SATÍRICA.
2.1 CANTIGAS DE ESCÁRNIO.
Existe uma crítica indireta a uma figura de poder, religiosa, amigo, amado, inimigo. O céu é o limite. Tem uma linguagem mais trabalhosa, conotativo, mas também mais vulgar — que acaba por difundir de preconceitos. A ironia era a sua principal característica. Esses textos se tornaram documentos históricos de um recorte temporal.
2.2 CANTIGAS DE MAL-DIZER.
Diferente das cantigas de escárnio essas cantigas eram diretas, assim falavam diretamente com a pessoa. Tinha uma linguagem obscena e agressiva com zombarias.
Importante lembrar que o trovadorismo é um movimento literário do século XII — período da idade média — e chegou ao Brasil através dos portugueses no século XV-XVI. Não há registros de autores brasileiros que seguiram esse modelo aqui, mas exemplos de autores que tiveram influência do movimento em seus textos existem aos baldes, como Gregório de Matos e Chico Buarque.