Destaques

ONE TREE HILL: O QUE PODEMOS ESPERAR DESSA SEQUÊNCIA INESPERADA?

Por Bárbara Sobral •
domingo, 1 de setembro de 2024

 


Quem poderia esperar que no Bingo de 2024, eu estaria riscando esse quadradinho: nós teremos uma nova temporada de One Tree Hill (2003 - 2012). Criada por Mark Schwahn, a série com pegada de melodrama com duas fases distintas, uma narrando as desventuras dos adolescentes de Tree Hill e a outra fase concentrando nas suas vidas adultas, vivendo em Tree Hill, uma cidade fictícia quase um personagem na narrativa dramática sobre os desejos, temores e a vida.

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VAN HELSING: QUANDO UMA BOA IDEIA NÃO BASTA.

Por Bárbara Sobral •
quinta-feira, 9 de junho de 2022

 



Vou começar desabando as suas expectativas: Van Helsing não é uma série boa, muito menos ela foi produzida em um canal bom - no caso, o canal estadunidense SyFy, mas retorno quanto a isso mais a frente. E dificilmente ela estaria na minha lista de cinco séries sobrenaturais que eu recomendaria para alguém assistir. 
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EMERGÊNCIA | COMO É ESCREVER UM LIVRO EM FORMATO DE SÉRIE DE TELEVISÃO?

Por Bárbara Sobral •
segunda-feira, 25 de outubro de 2021

 




Hey, mates! Tudo bem com você? Não é novidade que eu sou apaixonada por séries de televisão (vide a criação do Tudo Junto Podcast para falar sobre séries e escrita | https://anchor.fm/tudo-junto-podcast), mas certamente foi uma surpresa para mim inventar de escrever um livro em um formato de série de televisão. E o que diabos seria isso? Honestamente, eu estou descobrindo enquanto escrevo. 
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03 SÉRIES PARA MARATONAR NO DIA DAS BRUXAS

Por Bárbara Sobral •
sábado, 23 de outubro de 2021



Hey, mates! Tudo bem com você? Dia das bruxas chegou para dar aquela chance da gente colocar em dia aquela série de terror e assistir um monte de filme bem gostosinho com aquele terror calibrado, um potão de pipoca e umas arritmias incontroláveis. Separei algumas séries que dá para assistir em uma maratona rapidinha, que ainda vai te deixar um gostinho de quero mais.
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EMERGÊNCIA | O QUE EMERGÊNCIA TEM EM COMUM COM CHICAGO FIRE?

Por Bárbara Sobral •
terça-feira, 6 de julho de 2021

 


Emergência é o meu trabalho mais recente, publicado na Amazon, que conta em episódios, o dia a dia dos bombeiros, socorristas e patrulheiros do Rio de Janeiro. Se você é do mundo das séries de televisão já deve tá ligado que essa premissa lembra uma série bem popular: Chicago Fire. A série estadunidense trouxe de volta as séries sobre bombeiros para os holofotes, indo agora para a sua décima temporada e produzida por Dick Wolf, ela reafirma seu sucesso. 


Lá no inicio da pandemia me peguei maratonando as primeiras temporadas e fiquei bem desgostosa em me dar conta que não temos nenhuma série brasileira, concentrando nessas histórias. Foi assistindo uma outra série sobre bombeiros (9-1-1), que bati o martelo e decidi que se não fizeram, eu ia tornar essa história real. Por mais que outra série tenha sido minha inspiração foi Chicago Fire, que me deu as principais inspirações para escrever esse livro. Vou listar três delas nesse texto. 


1) FAMÍLIA.


Para mim uma das melhores coisas de Chicago Fire é o senso de família, que é desenvolvido entre os personagens ao longo das temporadas. Por mais que esses personagens tenham suas histórias paralelas e já tenham família, a união e apoio do grupo é muito gostosa e emocionante de acompanhar. Eu queria conseguir trazer isso, pouco a pouco, para a minha história. Apresentar um grupo de pessoas distintas, que tem batalhas e obstáculos, mas que independente de ter ou não uma família, esse grupo de pessoas será um refúgio de alegria e união.


2) PROTAGONISMO FEMININO.


Na real, foi uma inspiração às avessas. Não havia outro cenário para mim, além de ter uma mulher protagonista, MAS a série acabou só reforçando essa necessidade. Chicago Fire não é uma série com protagonismo feminino. Na equipe de bombeiros, nós temos a Gabs e a Kidd, que ganham histórias interessantes ao longo dos episódios, mas o foco principal é normalmente no Casey e Severide. A falta de bombeiras nas equipes é explicado em um dos episódios, seria por conta do preconceito. As mulheres raramente recebem apoio para seguir na profissão e acabam desistindo, isso quando tentam. Em 9-1-1, isso também se repete, a equipe do 118 tem só uma mulher e quando temos a chegada de uma outra personagem feminina, ela vai embora tão rápido que nem dá tempo da gente se afeiçoar por ela. 


Eu quero que Lia seja o motor para Emergência, e que naturalmente os outros personagens tenham seu espaço para contar suas histórias e conquistar seu espaço na narrativa e afeto dos leitores. 


3) HISTÓRIAS DA VIDA REAL.


Eu gosto MUITO de dramas da vida real, é só ver meus outros livros, Apenas Respire e A Teoria da Samambaia - cheios de DRAMAS! Chicago Fire é uma série que tem muitas histórias distintas acontecendo ao longo dos episódios, tem representatividade - podia ter MAIS! - e os personagens vem de lugares diferentes, o que traz conflitos narrativos tremendos e bem aproveitados. 


Eu me inspirei nessas possibilidades ao trazer para a história situações recorrentes na nossa sociedade brasileira misturando à isso questionamentos sobre preconceitos, privilégios e conflitos emocionais em uma equipe que vem de lugares e gerações distintas.


E aí, você gosta de Chicago Fire? O que você mais adora e detesta na série? Deixe aí nos comentários sua visão.


Um beijão da Bárbara Herdy.

 

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THE NEVERS: A NOVA SÉRIE DE SUPER HERÓIS PARA NOS VICIAR.

Por Bárbara Sobral •
terça-feira, 20 de abril de 2021

 

    The Nevers é a nova série da HBO. Produzida e criada por Joss Whedon, o primeiro episódio é também dirigido e roteirizado por ele. Já digo isso de cara, pois, se como eu, você quiser fugir de qualquer obra dele você já tem a faca e o queijo na mão. Mas, eu acabei assistindo por obra do acaso. Eu li a notícia de que ele tinha sido tirado da produção e pensei: vou ver o primeiro episódio. Eu tinha curtido MUITO o trailer (https://www.youtube.com/watch?v=gs-ODufnJ8Y), tem uma pegada Penny Dreadful com o Orfanato da Srta. Peregrine e X-men que é irresistível para mim.

O primeiro episódio tem um pouco mais de uma hora de duração, onde MUITA coisa acontece. A gente conhece a Amalia True, a nossa protagonista misteriosa, determinada, que cuida de um orfanato cheio de jovens, em sua maioria mulheres, que possuem habilidades extraordinárias, como ela e também sua amiga Penance Adair. A amizade e companheirismo é o cerne de boa parte da energia do episódio. As atrizes tiveram uma química excelente e a gente compra a amizade delas. Há outros personagens que circulam por entre elas, que também tem boas introduções nesse primeiro momento e criam laços interessantes e individuais com cada uma delas, que inspira uma curiosidade para o futuro.

A construção de mundo é interessante, não diria inovadora, mas sai um pouco do caminho comum. No entanto, eu não sei se vai se sustentar por muito tempo na história, como por exemplo o surgimento dos poderes nas pessoas. A expectativa por trás disso pode levar o público a uma decepção muito maior do que admiração. O mesmo pode acontecer para uma das vilãs da temporada, Maladie, comparada a Jack, o Estripador, mas que tem um ar um tanto megalomaníaco e sem muito propósito em um primeiro lugar. Como vilã não me empolgou, mas seu envolvimento com o surgimento dos poderes me deixou curiosa.

Há a presença de uma figura política na trama, que em um primeiro momento pode ser mais um vilão para nossas heroínas ou uma ajuda inesperada? Nesse primeiro momento tanto ele, quanto o detetive ficaram um tanto perdidos e soltos do resto da trama central, mas creio que os papéis deles serão melhor aproveitado no futuro, em especial o detetive que trabalha em desvendar os crimes cometidos por Maladie é importante para o encaminhamento da trama.

Como esperado a produção da HBO entrega cenários e figurinos impecáveis. Os efeitos especiais, em algumas cenas, como da fuga de charrete é bem bacana de acompanhar, mas em outros momentos, como na demonstração de poderes de uma das órfãs, a cena do teatro e a sequencia final parece mais do mesmo. Em especial na sequencia final, eu achei bem estranho a execução final. O acabamento final ficou um tanto artificial para mim, me tirando da imersão da história. Tirando esses pormenores e o fato do episódio ser desnecessariamente longo, eu curti. O piloto passa uma sensação de que a gente conhece esses personagens e que precisamos acompanhá-los nessa aventura.

O que te faz repensar isso é ver o nome do Josh Whedon na tela.


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ESCRITORES COM BENEFÍCIOS | COMO MELHORAR OS MEUS DIÁLOGOS?

Por Bárbara Sobral •
segunda-feira, 19 de abril de 2021

 


Texto originalmente na EDIÇÃO 02 da minha newsletter ALEATORIEDADES E UM CAFÉ, POR FAVOR.

 

    Acho que esse é um dos maiores problemas que eu detecto quando trabalho com uma leitura crítica: o engessamento dos diálogos. Para mim é um problema bem grave, pois é através do diálogo que a gente vê as relações e conflitos dos personagens desenvolvendo ao vivasso. É o famoso contar e mostrar em uma coisa só. Tem que ter uma malemolência, o que muita das vezes se perde por conta de dois problemas bem comuns: a busca pela revisão perfeita e a ideia de que menos é mais.

É claro um livro com uma revisão textual lindinha é tudo que a gente quer, mas a gente precisa ter muito cuidado no trabalho de revisão para que o texto não pareça ter saído de uma manual de exemplos de como escrever igual a um mestre da língua portuguesa. A gente precisa se lembrar constantemente que o jeito que a gente fala no dia a dia é diferente de como a gente escreve uma narração, por exemplo. Tem palavras, gírias, expressões, pausas, titubeios, que nós usamos durante um diálogo que não usamos em um texto narrativo.

Eu costumo sugerir que para quebrar esse engessamento você precisa buscar a fluidez... conversando com alguém. É um ótimo treinamento. Nada de mensagem de texto, viu? Eu estou falando de mandar áudios para os amiguinhos, escutar a conversa das pessoas no ônibus ou na fila do supermercado, reparar nas reações das pessoas, nas pausas, nas gírias, sotaques, erros e vícios de linguagem. São esses detalhes que nós devemos marcar nos nossos diálogos para encontrar essa naturalidade.

Precisamos ter cuidado ao revisar para não tirar essa naturalidade das falas por buscarmos seguir um modelo estrutural, que é o correto, mas em diálogo pode causar um desconforto na leitura.

Quanto ao menos é mais é mais uma questão de exposição e saber o que os leitores precisam tirar daquela cena — porque a gente tem que tirar algo. Eu vejo muito diálogos que literalmente começam com:

— Oi.
— Oi.
— Tudo bem?
— Tudo. E você?

    Já vou parar aqui. Já foram quatro linhas de nada com nada que você podia ter suprimido em duas frases bem simples como "trocamos cumprimentos e o silêncio caiu sobre nós de maneira pesada, até que ela cortou com sua voz suave e temerosa." Viu? Mesmo efeito e ainda me deu uma emoção. Costumo ver dicas de que diálogos precisam ser curtos e diretos, pois nos falamos assim no dia a dia. Sim e não. Diálogos corriqueiros não são extensos, a gente não faz altos monólogos para falar de coisas do dia a dia. Normalmente a gente fala um:

— Fui eu quem pegou o pão.
ou
— Eu vou lavar as louças e finalmente, eu vou botar os pés para o ar e ninguém vai me impedir!

Mas bora lembrar que depende de quem fala e sobre o que se fala. Ponto. Quando você coloca seu personagem para falar você precisa saber como ele fala — rápido, pausado, devagar, nervoso, ansioso, agitado, direto, enrolado, etc. Os maneirismos acompanham na narração e descrição dos personagens. O escritor tem que ter domínio disso tudo ao escrever e editar a história. Então, o menos vai ser mais se a cena pedir por isso, caso contrário, o menos vai ser menos e seu leitor crítico vai pedir "pelo amor de Deus dá uma pincelada nisso aqui e constrói uma razão para termos essa cena rolando".

    Nunca se esqueça que quando você escreve QUALQUER COISA, essa coisa tem que ter um propósito para estar ocupando aquela página. Se você não identificar — ou for simplesmente por um prazer íntimo — deleta. Você vai me agradecer no futuro.



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