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CRÍTICA | 1x06 - AKA You're a Winner - Marvel's Jessica Jones

Por Bárbara Sobral •
sábado, 21 de novembro de 2015
AMIGA, não tem como te defender!

Luke contrata Jessica para ajudá-lo a encontrar alguém que pode ter fugido da cidade, mas ela teme que ele descubra muito sobre sua história durante o processo.

Buscando mais detalhes sobre a morte de sua esposa, Luke Cage encontra uma mulher que pode lhe dar importantes informações, mas ele terá que dar algo em troca: seu irmão está desaparecido e ela suspeita que ele foi sequestrado e cabe a Luke encontrá-lo. Alegando precisar de confidencialidade e um serviço discreto com exito garantido, ele contrata Jessica para ajudá-lo a encontrar o rapaz. Desconfiando que Luke possa estar Kilgravezado, ela não aceita de cara, mas ao descobrir os motivos por trás de tal serviço, Jessica não consegue ficar fora desse caso, e até nega o pagamento, alegando que deve a ele.

Durante toda essa investigação, Jessica e Luke esbanjam uma química invejável. Enquanto buscam pelo rapaz, Jones tenta a todo custo ficar um passo a frente de Cage, certificando que ela terá a posse de tais informações antes dele. Ela até tenta confidenciar a ele o que sabe, mas o momento é estragado, e mais uma vez ela deixa a chance passar, por medo, covardia, vai saber...
Por outro lado, Malcolm fez o favor de deixar Luke a par da tumultuada vida de Jessica, por preocupação pela nova amiga e por quê não, uma forma de gratidão por ela ter o ajudado a lutar contra seu vicio, quando todo mundo simplesmente virou as costas para ele.
Eu não vou ser feito de trouxa por você. Fui trouxa.
                                 
Péssimas decisões. Essa frase poderia definir o espirito por trás de You're a Winner. Jessica poderia ter evitado o abrupto rompimento com Luke se tivesse sido sincera com ele desde o princípio, e veja bem: não estou falando sobre a sua história por trás da morte da Sra. Cage, e sim sobre Kilgrave. Jessica é desconfiada por natureza e compreendo que para ela confiar em alguém, depois de tudo que ela viveu e passou nas mãos de Kilgrave (o que apenas desconfiamos na série, mas sabemos dos podres oriundos dos quadrinhos), especialmente por ele ser homem é difícil. E tá, tá, toda série precisa ter uma boa parcela de drama para o público sofrer com o personagem, mas esse drama era necessário? Honestamente, acredito que não. Jessica precisava apenas confiar em Luke para falar sobre Kilgrave, para então lhe contar sobre seu envolvimento com a morte de sua esposa, o que sim daria em drama, mas bem justificado. Lembrando que esse enredo envolvendo a Sra. Cage não existe nos quadrinhos, logo sendo uma história exclusiva da série e honestamente, gostei da proposta, mas considerei um pouquinho clichê. Poderia ter tido mais impacto em mim e no mundo da série se tivesse sido aborda com um pouco de mistério e dramaticidade. Sabe o que esse enredo parece aos meus olhos? Uma desculpa para Luke e Jessica não ficarem juntos. Novamente: DESNECESSÁRIO.

Uma das coisas as quais ando desgostando profundamente a alguns episódios é a quantidade excessiva de personagens. Por quê? Alguns são essenciais para a trama, mas alguns estão aqui apenas para ocupar espaço ou pior ser interesse romântico de um personagem X ou personagem Y. Tudo bem um personagem X ter um par romântico ou você colocar alguém ali como uma peça importante para alguma trama, entretanto ele não precisa estar presente em todos os episódios, se não for essencial para a trama, coisa que sinto com a namoradinha da Hogarth (qual o nome dela mesmo?) e de sua futura ex esposa (qual é o nome dela também).

Rehab da Tia Jones. Ganha desconto quem for amiguinho do Kilgrave.
Malcolm é outro, mas estou lhe dando uma oportunidade depois de seu envolvimento com Kilgrave. Torço para ele transformar-se num sidekick para Jones, mas não estou nutrindo esperanças não. Quanto a Hogarth, ela tinha tudo para ser uma das personagens mais interessantes, carismáticas e independentes da série, mas ela é chata. Para caramba! Ela aparece em cena apenas para fazer um comentário sarcástico, depreciar a Jessica, reafirmar sua sexualidade e desejo de divórcio. Sério, Marvel? Você podia fazer melhor! Hope também é outra. Ela é importante para Jessica ter uma motivação de encontrar e capturar Kilgrave, mas depois que ela e Hogarth conseguiram unir tantas pessoas que dizem ter sido manipuladas por ele, Hope perde sua utilidade primária e se torna mais uma, entre tantos. Ela tinha necessidade de fazer todo aquele auê? Pagar uma brutamonte para bater nela, para assim abortar naturalmente, quando ela podia ligar para Jessica, como ela fez QUANDO LHE PEDIU O DINHEIRO PARA SER ESPANCADA? Exagerado e desnecessário. E o que Hogarth quer com o feto? Ótima pergunta enfermeira. Será que ela vai usar para ajudar (ou atrapalhar) no processo?

Kilgrave >>>>> Stalker
Um pouco instável em sua execução, a série peca em não seguir o ritmo deixado a esmo no último episódio para nos entregar mais um episódio filler, quase desnecessário para o futuro da série. Apenas para nos fazer ansiar pelo próximo passo de Jessica contra Kilgrave e nos fazer roer as unhas teorizando o que diabos ele está planejando contra ela? Será que isso é necessário para o futuro da série ou a produção está tentando separar Jessica dos conceitos entregues por Daredevil, por isso a série parece pertencer a um mundo e até mesmo produtora diferente? O cliffhanger desse episódio (como dos outros) é digno de apertarmos o play para o próximo episódio, mas me questiono até quando a série irá se valer de bons cliffhangers e poucos episódios com começo, meio e fim.


P.S: Angela Del Toro, a detetive recomendada por Jessica para o caso de Luke, na realidade é uma heroína conhecida como Tigresa Branca, conhecida por ser uma personagem secundária no Universo do Daredevil. Se ela irá aparecerá futuramente em uma das séries? Talvez, eu espero tudo da Marvel.

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