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Por Bárbara Sobral •
sábado, 8 de fevereiro de 2014


Dizemos que são as grandes coisas que nos movem as mudanças. Tudo na vida vem de um longo processo de mudança que começou lá atrás na época que nem papel higiênico existia. Besteira! Não são as grandes, são as pequenas. Uma palavra, uma frase, um telefonema, uma carta, uma mensagem, a merda de uma entrevista. Isso que nos encaminha a mudar nossas vidas. Isso que faz nós pararmos, olharmos ao arredor como se estivéssemos em um planeta desconhecido com centenas de et’s ao nosso arredor e nos faz gritar:
 ‘Mas que P*rra é essa? O que estou fazendo aqui? O que estou sentindo? Isso foi um tiro? Por isso que estou com essa dor, por isso estou chorando’.

Sabe qual é a pior parte? Não melhora. A dor se fortaleça, ela te move a caminhos desconhecidos de você e chega um momento que ou você começa a apreciar, masoquisticamente, a dor ou toma uma decisão. Essa decisão que irá lhe mover para uma nova direção. Mover, verbo mais perigoso, delicioso e significativo de todo o vocabulário mundial - e fictício. Acredite, quando as coisas começam a se mover em sua vida, significa que a mudança está a caminho, mas quando elas começam a se mover dentro de você, uma nova pessoa irá surgir. E nada mais doce do que descobrir um caminho, cobertos por ervas daninhas, na escuridão, afastado dos seus olhos, mas que te leva diretamente para o lugar onde você deve estar. Onde você quer estar. O seu lugar.

Bárbara Herdy

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